Sindipostos do RN repudia suspensão e redução da fiscalização da ANP

Tânia Rêgo/Agência Brasil

Agente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis realiza fiscalização em postos de combustíveis.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos RN) manifestou preocupação com a decisão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de suspender o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis durante todo o mês de julho e reduzir o alcance da pesquisa semanal de preços. 

A ANP, segundo nota do Sindipostos, alega queda de mais de 80% no orçamento discricionário da agência, além do bloqueio de R$ 71 milhões e contingenciamento de outros R$ 27,7 milhões em recursos autorizados para despesas em 2025.  

Segundo o Sindipostos, a decisão da agência dificulta o combate às práticas ilícitas, abrindo espaço para que agentes desonestos intensifiquem a adulteração de combustíveis, a sonegação fiscal e o uso de postos como fachadas para lavagem de dinheiro e operações do crime organizado.

“Estima-se que mais de 900 postos em pelo menos 22 estados apresentem indícios de controle por organizações criminosas, segundo matéria veiculada pela Folha de São Paulo em sua edição do dia 21 de abril deste ano”, pontuou o sindicato.

“Segundo o Instituto Combustível Legal, fraudes tributárias no setor equivalem a cerca de R$ 29 bilhões por ano, sendo R$ 14 bilhões somente em sonegação e lavagem de dinheiro”, disse o Sindipostos na nota.