Política
19/09/2025
O Brasil registrou 1,65 milhão de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos em situação de trabalho infantil em 2024, o equivalente a 4,3% dessa população. O número representa um aumento de 34 mil em relação a 2023, quando a taxa foi de 4,2%, a menor da série histórica, segundo o IBGE.
Mesmo com a alta de 2,1% no último ano, o país acumula queda de 21,4% nesse contingente desde 2016. Do total, 1,195 milhão estavam em atividades econômicas e 455 mil em tarefas para consumo próprio. No geral, quase 2 milhões de crianças e adolescentes exerciam algum tipo de trabalho, embora nem todas as situações se enquadrem na definição de trabalho infantil da OIT.
A maior concentração está entre jovens de 16 e 17 anos: 15,3% deles estavam nessa condição em 2024, ante 14,7% no ano anterior. Quase metade trabalhava mais de 25 horas por semana, e 30,3% chegavam a 40 horas ou mais. O levantamento também aponta desigualdades de raça e gênero: 66% eram pretos ou pardos e dois terços eram meninos, com rendimentos médios menores para meninas e para pretos ou pardos.
Nordeste concentra maior número
O Nordeste lidera em números absolutos, com 547 mil crianças e adolescentes em trabalho infantil em 2024, um aumento de 7,3% em relação a 2023. O Sul também registrou alta (13,6%), enquanto o Norte apresentou queda de 12,1%, embora mantenha a maior proporção de jovens nessa condição (6,2%). Desde 2016, o Nordeste foi a região que mais reduziu os índices, com queda de 27,1%.
é um jornalista e radialista do Rio Grande do Norte, com mais de 40 anos de carreira. Formado em Comunicação Social pela UFRN e em Direito pela UNP, atuou em vários veículos importantes locais e nacionais (Tribuna do Norte, Diário de Natal, TV Globo, TV Record Brasília, SBT, Band e rádios 96 FM, 98 FM e 91.9 FM). Foi diretor-geral da TV Assembleia Legislativa do RN. Foi coordenador de comunicação da Potigas, e assessor da presidência da Petrobras. Apresenta e edita o Jornal da MIX, na 103.9 FM Natal.
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