"Não compete ao Supremo juízo político", diz ministro Fux ao iniciar voto

Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Fux elogiou a dedicação de Moraes como relator e o humor de Flávio Dino, que descreveu como “atraente”.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou hoje (10) o julgamento da chamada trama golpista, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados por tentativa de golpe de Estado em 2022.

O relator, ministro Alexandre de Moraes, e o ministro Flávio Dino já votaram pela condenação dos réus. O ministro Luiz Fux é o terceiro a apresentar seu voto, destacando que não cabe ao Supremo fazer juízo político sobre o caso. Segundo ele, a função do tribunal é determinar o que é constitucional ou inconstitucional, legal ou ilegal, e não avaliar se uma ação é conveniente ou apropriada do ponto de vista político.

Fux elogiou a dedicação de Moraes como relator e o humor de Flávio Dino, que descreveu como “atraente”. Ele ressaltou ainda que o julgamento exige objetividade, distanciamento e independência por parte dos ministros.

Ainda não foram definidas as penas, mas Moraes sugeriu somar as punições, enquanto Dino defendeu aplicação diferenciada de acordo com o grau de envolvimento de cada réu. Caso Fux acompanhe o voto do relator, o colegiado terá maioria para condenar os oito acusados.