Orquestra Sinfônica do RN apresenta ‘Ode à Paz’ no próximo domingo, no Teatro Riachuelo

Brunno Martins

Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte apresentará o concerto “Ode à Paz - Entre a Memória e a Esperança”, no Teatro Riachuelo. 

Em uma noite dedicada à memória, à arte e à esperança, a Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte (OSRN) apresentará no domingo (22), às 19h, o concerto “Ode à Paz - Entre a Memória e a Esperança”, no Teatro Riachuelo. 

A apresentação inclui uma interpretação exclusiva da primeira sinfonia composta por um potiguar - Trampolim da Vitória - e marca os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, com uma reflexão sonora sobre os impactos globais deste e de outros conflitos. 

A entrada é gratuita. Basta acessar o link: https://www.sympla.com.br/evento/concerto-ode-a-paz-osrn-e-movimento-sinfonico/2995572

A iniciativa integra o projeto Movimento Sinfônico, produzido pela Mapa Realizações Culturais, que busca estimular engrenagens sociais e culturais, democratizando o acesso à música de concerto. 

Além da sinfonia “Trampolim da Vitória”, do músico potiguar Willames Costa, obras como “Abertura 1812” (Tchaikovsky), com participação especial da Banda de Música da Base Aérea de Natal, e “American Salute" (Morton Gould), estão no repertório da OSRN.

Completam o programa “Kol Nidrei” (Max Bruch), com solo de Diego Paixão no violoncelo; e o tema de A Lista de Schindler (John Williams), com solo de André Kolodiuk no violino.

Imperdível.

Trampolim da Vitória

Composta entre 2018 e 2022 por Willames Costa, a sinfonia foi estruturada em quatro movimentos, a partir de uma minuciosa pesquisa histórica conduzida por Tatiane Fernandes, produtora da Mapa. 

Segundo ela, cada parte da obra narra um capítulo da Segunda Guerra Mundial e revela o papel do RN nesse cenário: do clima de esperança que precede o conflito à tensão que se espalha rapidamente pela Europa, passando pela transformação cultural intensa experimentada por Natal e chegando à reflexão final.

"A história da Segunda Guerra pode ser usada como um espelho cíclico da vida em sociedade, com todas as suas contradições. Por isso, quisemos mostrar como a esperança pode ser manipulada, como decisões políticas moldam destinos e como, em meio à destruição, surgem perguntas que insistimos em não responder. Afinal, existe vitória em uma guerra? Se há, ela certamente não está nos números ou nos tratados, mas na nossa capacidade de aprender com o passado e construir um futuro mais justo", destaca Tatiane Fernandes.

Inquietação compartilhada pelo maestro Linus Lerner: “Cada nota desta sinfonia ecoa como um chamado, um lembrete poderoso de que a paz não é um estado permanente, mas uma conquista diária pela qual devemos lutar incansavelmente”, conclui.

O Projeto Movimento Sinfônico é realizado por meio da Lei Câmara Cascudo, com patrocínio do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Fundação José Augusto (FJA), Secretaria Estadual de Cultura (Secult), Instituto Neoenergia e Neoenergia Cosern com produção da Mapa Realizações Culturais.