Pressão de 12 por 8 é reclassificada como pré-hipertensão em nova diretriz

Reprodução/Portal CNM

Objetivo agora é reduzir a pressão para abaixo de treze por oito em todos os pacientes hipertensos.

A pressão arterial a partir de 12 por 8 agora passa a ser classificada como pré-hipertensão no Brasil. A mudança faz parte de uma nova diretriz divulgada durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado em São Paulo.

Pela atualização, valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 (120-139 mmHg de pressão sistólica e/ou 80-89 mmHg de diastólica) deixam de ser “limítrofes normais” e passam a exigir mais atenção médica. Nessa fase, já são indicadas mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, até o início de tratamento com medicamentos.

O documento foi elaborado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). A diretriz também redefiniu a meta de tratamento da hipertensão: antes, manter a pressão em torno de 14 por 9 (140/90 mmHg) era aceitável; agora, o objetivo é reduzi-la para abaixo de 13 por 8 (130/80 mmHg) em todos os pacientes diagnosticados, sem distinção de idade ou condição clínica.

Os especialistas afirmam que o novo alvo mais rigoroso pode reduzir o risco de infarto, AVC e insuficiência renal. Quando não for possível atingir níveis tão baixos, a recomendação é manter a pressão no valor mais reduzido possível dentro de um limite seguro.

Outra novidade é a adoção do escore PREVENT, ferramenta que avalia o risco de um paciente sofrer um evento cardiovascular nos próximos dez anos. O objetivo é que o diagnóstico e o tratamento não considerem apenas os números da pressão, mas sim o risco cardiovascular global.